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Projeto de Responsabilidade Ambiental - Prêmio celebra ações em defesa da natureza.

Grupo RAC e Sanasa destacam iniciativas ambientais em evento.

Fabiano Ormaneze
Luciana Brunca
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
fabiano.ormaneze@rac.com.br
luciana.brunca@rac.com.br

O Grupo RAC e a Sociedade de Abastecimento e Saneamento S.A. (Sanasa) realizaram na noite de ontem
a cerimônia de entrega do Prêmio de Responsabilidade Ambiental, concedido às melhores práticas dentre as
iniciativas apresentadas nas reportagens que, entre março e outubro, foram publicadas na última página do caderno de Cidades do Correio, sempre às quintas-feiras. A festa de premiação foi realizada na Vert Eventos, em Sousas.

Nesta quarta edição, foram publicadas 29 reportagens. Os prêmios foram concedidos em duas categorias: iniciativas em defesa do meio ambiente nos setores público e privado e no terceiro setor. No primeiro grupo, a empresa Wisewood, de Itatiba, levou o Ouro. A empresa produz a chamada madeira plástica, resultado da reciclagem de embalagens de produtos de limpeza e higiene. O material produzido é utilizado, principalmente, na produção de dormentes, substituindo o uso de madeira nas ferrovias. A cada quilômetro que o produto for introduzido, cerca de 750 árvores deixam de ser derrubadas. A Wisewood é uma das pioneiras na área no País.

“Essa iniciativa é muito importante para despertar a consciência de todos. Além disso, a nossa empresa fica mais conhecida e podemos ampliar ainda mais os nossos negócios”, afirmou o diretor-técnico da Wisewood, João Victor Moino, ao receber a premiação.

Entre os participantes do Terceiro Setor, o Ouro ficou com a Cooperativa Remodela, de Campinas, que reúne 23 pessoas. A entidade realiza a reciclagem do óleo para produzir biocombustível, além de ajudar a manter
instituições filantrópicas, já que compra desses locais o óleo de cozinha que vai reaproveitar.

“Esse projeto é uma oportunidade para que a sociedade civil dê o devido reconhecimento para quem está fazendo algo diferente. É um incentivo para continuarmos o nosso trabalho”, afirmou o presidente da cooperativa, Sidney Roberto Morelli.

A Prata, para os setores público e privado, ficou com a CRMG Network e Security, de Campinas. A empresa, especializada na criação de redes de computadores para companhias, combate o lixo eletrônico, readaptando
computadores para serem utilizados em instituições beneficentes, com o uso de softwares livres. A CRMG faz a montagem de salas de informática com máquinas interligadas em rede.

No terceiro setor, o segundo lugar ficou com o engenheiro José Furtado, do distrito de Barão Geraldo, que mantém uma composteira na praça da Vila São João. Galhos, folhas e restos de grama que, antes, se tornavam um problema nas ruas, agora são aproveitados para gerar adubo orgânico e evitar o uso de fertilizantes químicos. O engenheiro também criou, para comercializar, um modelo de composteira que pode ser usado em casa para decompor frutas, verduras e legumes.

O Bronze, na categoria Público e Privado, ficou com o Colégio e Faculdade Net-work, de Sumaré, pelo projeto Carbon Control, que realiza o levantamento da quantidade de árvores que devem ser plantadas por empresas para neutralizar o carbono emitido. A instituição, como forma de educação ambiental, também realiza o plantio das mudas fornecidas pelas empresas que participam do projeto. Os alunos são os responsáveis por todo o processo, sob a supervisão de professores.

Já no Terceiro Setor, o Bronze foi para a Sociedade Humana Despertar (SHD), também de Sumaré, que realiza a recuperação de áreas verdes e oferece cursos de formação na área ambiental a jovens carentes. Todos os
projetos participantes foram avaliados por cinco jurados, especialistas na área ambiental, e que levaram em consideração conceitos da Agenda 21 e documentos da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre
sustentabilidade e preservação ambiental.

Reconhecimento

Durante a cerimônia, o diretor comercial da Sanasa, Claúdio Quércia Soares, afirmou que a parceria entre a empresa e o Grupo RAC oferece um reconhecimento especial àqueles que buscam colaborar com o
desenvolvimento sem agredir o meio ambiente. Ele disse ainda que o governo municipal está determinado para que a cidade consiga 100% de tratamento do esgoto.

O diretor-presidente do Grupo RAC, Sylvino de Godoy Neto, destacou a importância do projeto, que segundo ele deve servir de modelo para o País. Godoy Neto afirmou ainda que ações como essas podem despertar a
consciência das pessoas para a necessidade da preservação ambiental. O vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), que prestigiou o evento, ressaltou a importância do projeto de Responsabilidade Ambiental e disse que a preservação é uma das prioridades do atual governo municipal.

PONTO DE VISTA

CLÁUDIO QUÉRCIA
Diretor comercial da Sanasa

Atitudes simples ajudam o desenvolvimento sustentável

Temos a certeza de que com essa iniciativa estamos disseminando a prática
da preservação ambiental.

Essa união entre o Grupo RAC, que é responsável pelo principal veículo de comunicação impresso do interior do País, o Correio Popular, juntamente com a Sanasa, a principal empresa municipal de saneamento do Brasil, oferece um reconhecimento todo especial àqueles que buscam através de atitudes, sejam
elas simples ou complexas, a colaborar com o desenvolvimento sustentável de nossa cidade.

Todos sabem da vocação desenvolvimentista de Campinas e dos desafios que o nosso prefeito Hélio de Oliveira Santos enfrenta para conseguir o equilíbrio entre esse desenvolvimento e as boas práticas de respeito ao meio ambiente. E, como deferência especial, gostaríamos de citar sua obstinação e determinação para que Campinas, ao final do ano de 2011, seja a primeira cidade com mais de 500 mil habitantes a ser universalmente atendida por tratamento do esgoto.

Não bastasse esta ousada meta, a Sanasa, através de seu corpo técnico e operacional e de todos os seus colaboradores, tem se mostrado uma empresa modelo no segmento ambiental, seja pelos menores índices de perdas de distribuição, seja pelo eficiente atendimento aos consumidores, por sua responsabilidade social, por implantação de tecnologias inovadoras, pois será a primeira empresa da América Latina a oferecer uma Estação Produtora de Água de Reúso pelo método de filtragem por membranas.

SAIBA MAIS
Os vencedores do projeto RAC/Sanasa

Empresa Pública/Privada

Ouro - Wisewood (Produz madeira plástica)

Prata - CRMG Network e Security (Combate o lixo eletrônico)

Bronze - Colégio e Faculdade Network (Faz o levantamento da quantidade de árvores que precisam ser plantadas)

Terceiro Setor

Ouro - Cooperativa Remodela (Realiza reciclagem do óleo para produzir biocombustível)

Prata - José Furtado (Engenheiro mantém uma composteira)

Bronze - Sociedade Humana Despertar (SHD) (Faz recuperação de áreas verdes)

PONTO DE VISTA
SYLVINO DE GODOY NETO Diretor-presidente do Grupo RAC

Consciência para mudar

Esta é a quarta edição do Projeto RAC/Sanasa de Responsabilidade Ambiental. E, a cada ano que passa, mais me convenço de que este projeto deveria ser obrigatório em todas as cidades do Brasil.

Nosso País é conhecido pela exuberância de seus recursos naturais e isso provocou, durante anos, uma espécie de alienação dos brasileiros em relação ao meio ambiente. Acreditávamos todos, ou boa parte da população, que nossos recursos eram inesgotáveis e essa crença enganadora eliminava a necessidade da preocupação com o assunto. Mas a realidade vem nos mostrando que o cenário não é tão tranquilizador assim.

Com o crescimento acelerado das cidades, em especial na Região Metropolitana de Campinas (RMC), a escassez de água deixou de ser uma simples miragem e já começa a mostrar suas garras no presente. Estudiosos consideram que isso pode acontecer mais cedo do que muita gente pensa e só pode ser evitado a partir do momento em que haja uma conscientização coletiva a respeito do problema e um grande envolvimento das pessoas que podem interferir em benefício do processo de recuperação dos mananciais. Os mais novos aqui presentes devem achar que aconteceu há uma eternidade, mas o Partido Verde brasileiro foi fundado no final da década de 80 e integrado por idealistas que julgavam importante discutir questões ambientais e levá-las ao Congresso Nacional.

Fonte: Correio Popular