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Tecnologia "verde" reduz custo da Câmara de Campinas

A parceria entre o setor de informática da Câmara de Vereadores de Campinas e a empresa RMG Network & Security, especializada em soluções de TI Verde e softwares livres, permitiu a modernização da rede de informática da Câmara - primeira experiência nesse sentido feita em um órgão público na região metropolitana de Campinas - e trouxe economia aos cofres públicos de R$ 1 milhão, desde 2002. A implantação de TI Verde (Tecnologia da Informação Ecologicamente Correta) foi feita com softwares livres, substituição de monitores de CRT por LCD, e servidores físicos por servidores virtuais, segundo o diretor
da CRMG, o engenheiro de sistemas e especialista em redes Carlos Roberto Monteiro Guimarães.

O executivo disse que os monitores de CRT necessitam de uma alta tensão -na faixa de 30 mil a 40 mil volts- para acelerar o elétron e gerar a imagem na tela, enquanto os monitores de LCD trabalham com taxa de tensão na faixa de 12 a 20 volts. "No caso dos monitores de LCD, além da redução de consumo de energia, ocorre a redução de calor e da necessidade de tanto ar condicionado para esfriar o equipamento, além de menos emissão de gás carbônico (CO2). Além disso, é mais saudável para os olhos do usuário, que muitas vezes fica diante do monitor por 8 ou até 10 horas exposto à radiação de um monitor de CRT, por exemplo", diz..

Além disso, é mais saudável para os olhos do usuário, que muitas vezes fica diante do monitor por 8 ou até 10 horas exposto à radiação de um monitor de CRT, por exemplo", diz. Guimarães trabalhou por 26 anos em empresas como Xerox, IBM, Embraer e Copersucar; nesta última, por 11 anos esteve envolvido com redes de automação em usinas de açúcar e álcool. A sua larga experiência fez com que criasse a CRMG em 2003. Atualmente, além de atender a câmara de Campinas, a CRMG presta atendimento a 15 empresas privadas de pequeno e médio porte.

O diretor da CRMG, Carlos Guimarães, disse ainda que dentro das soluções de TI Verde está a substituição de servidores físicos por servidores virtuais. Para se ter uma ideia da economia que permitem, a opção por virtualizar dois novos servidores contribuiu para a redução dos gastos do legislativo com a aquisição de hardwares. Enquanto o preço de mercado de um servidor real é de aproximadamente R$ 9 mil, a sua versão virtualizada custa cerca de R$ 5 mil. Além disso, cada servidor virtualizado pode hospedar de três a cinco servidores reais.

Outra vantagem dos servidores virtualizados está na segurança proporcionada pelo sistema graças à possibilidade de individualizar serviços essenciais entre as várias máquinas virtuais. "Esses dois servidores atuarão apenas na área de segurança de rede de dados de forma a proteger as informações armazenadas, tanto de hackers externos como de invasões de vírus que, ocasionalmente, sejam enviados pela intranet", explica Guimarães.

De acordo com ele, um dos servidores terá como função manter o controle da navegação na internet, bloqueando sites de conteúdo indesejável ou inadequado para as funções legislativas ou que possam ocasionar risco de invasão por vírus existentes em página da web.

Da rede de 300 computadores instalados na área administrativa da Câmara Municipal e nos gabinetes dos vereadores de Campinas, cerca de 85% já utilizam apenas software livre, como o Linux e o OpenOffice, entre outros. "Começamos a implantar os softwares livres gradativamente a partir de 2002 e percebemos que a resistência inicial dos usuários dava-se muito mais por uma questão de hábito e de costume."

Texto: Milton Paes
Fonte: DCI - Comércio, Indústria & Serviços
Fonte Link: http://www.dci.com.br/